Faz tempo que os brasileiros descobriram o Chile (você tropeça em brasileiro em vários cantos do país). Eu só encontrava elogios desse país tão próximo ao nosso. Isto fez com que eu também quisesse ir ao Chile, acho que mais precisamente a Santiago. Uma cidade que pode ser visitada em um fim de semana ou feriadão (menos de 04 horas de viagem aérea, a partir de São Paulo). Mas eu não poderia me dá o luxo de ir somente a capital dos chilenos. Eu precisava aproveitar a viagem para conhecer mais lugares do país (coisa de gente sem grana).
Então comecei a pesquisar mais sobre o Chile, e fiquei surpreso com a diversidade de lugares e paisagens (confesso que era bem ignorante sobre a geografia do país mais estreito do mundo). Quando vi umas fotos do deserto do Atacama fiquei impressionado. Nunca imaginei que aqui na América do Sul tivesse um lugar assim.
Pronto, o deserto do Atacama não saia da minha cabeça. Santiago já não era mais o destino principal, mas continuava no roteiro. Comecei a pesquisar nos blogs que acompanho. Lia uma coisa aqui, outra ali para planejar a minha viagem. Finalmente embarquei em janeiro, em uma viagem que provavelmente aconteceria mais adiante se não fosse as imagens que vi do deserto do Atacama. Em 10 dias conheci um pouco (pouco mesmo) de um país incrível, que tem um povo educado e gentil, e que recebe muito bem os brasileiros (acho que é por isso que tem tantos lá).
Quando fui?
Fui em janeiro. Quando pensava em ir ao Chile, nunca passou pela minha cabeça ir no verão. Mas como o foco agora era o deserto do Atacama, e eu queria conhecer logo, tive que aproveitar as férias de janeiro para viajar. Procurei mas não encontrei nenhum relato de alguém que tivesse ido em janeiro. Só encontrei informações de que as melhores épocas são no outono ou na primavera pois no verão tem o problema da diferença entre a maior temperatura e a menor temperatura (amplitude térmica). Não tive problemas.
As passagens?
Usei milhas no trecho internacional, e dinheiro em trechos internos. Não tinha milhas suficientes para o trecho Vitória – Santiago - Vitória, então a viagem ficou separada em dois trechos, Vitória – Santiago pela TAM e Santiago – Guarulhos pela LAN (todos comprados no site da TAM). De Guarulhos a Vitória comprei passagem separada pela Azul. E o trecho interno interno de Santiago a Calama foi outra passagem separada comprada no site da LAN chilena. Ou seja, esta viagem teve quatro compras separadas. Não é o ideal fazer isso, mas foi necessário.
O ideal é ter todos os trechos na mesma compra, pois se tiver atraso em um trecho, a companhia é responsável de resolver isso. Mas pra mim não foi possível comprar diferente, e acabei tendo problemas na volta de Santiago para Vitória. A LAN atrasou quase 04 horas o voo para Guarulhos e eu acabei perdendo a minha conexão para Vitória e tive que dormir em Guarulhos.
Roteiro de viagem?
A base da viagem foi Santiago e San Pedro de Atacama, mas tive dúvidas se iria primeiro ao deserto ou ficaria em Santiago, quanto tempo ficaria em cada lugar, o que seria possível fazer a partir de Santiago. Pensei em aproveitar a viagem e acrescentar mais dias para ir a outros lugares do sul do pais, mas não havia mais tempo nem grana disponível, ficando para outra viagem ao Chile.
Tive que considerar também (e muito) a minha condição física. Sedentário, acima do peso e com dores no joelho, não é o melhor perfil de quem vai ao deserto mais alto do mundo encarar caminhadas e variação de temperatura (eram as informações dos relatos). Por isso queria ir primeiro a San Pedro de Atacama, pois não queria me cansar antes, e também porque se depois não desse pra aproveitar Santiago, eu já ficaria satisfeito. Depois vi que a coisa não é exagerada assim.
A compra separada das passagens nacionais das internacionais, influenciou totalmente na organização do roteiro. Se houvesse atraso de um trecho eu perderia o outro, então marquei as passagens com diferença de dias. Sendo assim, aproveitei a parada em Santiago e, ao contrário do que eu queria, fiquei logo na cidade e só depois fui ao deserto. Mas a troca foi boa pois não corri o risco de achar a cidade desinteressante.
Montei um roteiro bem preguiçoso, reservei bastante tempo em Santiago para fazer tudo sem correria, sem cansaço e ver o que fosse possível próximo dali. Em San Pedro do Atacama reservei o tempo necessário para fazer os passeios que eu queria.
2º dia: Santiago
Albergues em Santiago do Chile
3º dia: Santiago
4º dia: Santiago e vinícola
Visitando vinícola Santa Rita no Chile
5º dia: Santiago / Valparaíso e Viña del Mar / Santiago
Impressões de Valparaíso
Casino Social J Cruz, origem da Chorrillana
6º dia: Santiago / San Pedro de Atacama
San Pedro do Atacama – Roteiro
Albergue em San Pedro de Atacama
7º dia: San Pedro de Atacama
Atacama: Lagunas Lickan Antay
8º dia: San Pedro de Atacama
Atacama: Lagunas Altiplânicas com Piedras Rojas
Atacama: Valle de La Luna e Valle de La Muerte
9º dia: San Pedro de Atacama
Atacama: Salar de Tara
10º dia: San Pedro de Atacama / Santiago
Atacama: Geyser del Tatio
11º dia: Santiago
12º dia: Santiago – Vitória.
Hospedagem?
Fiquei em Hostels. Em Santiago na ida, fiquei no Rado Hostel e gostei muito. Na volta dei azar, fiquei no Landay Hostel e não gostei. Já em San Pedro do Atacama fiquei no Hostal Campo Base e também gostei muito. Vou escrever sobre eles depois.
Dinheiro?
Sai do Brasil com dólares somente para pagar hospedagem e ficar livre do IVA (imposto sobre o valor agregado), o principal imposto do Chile. O turista é liberado do IVA na hospedagem quando apresenta o passaporte e paga em dólares. Mas o Hostal Campo Base e o Landay Hostal aceitam também o pagamento em Pesos chilenos.
Para outras despesas levei real e troquei lá por pesos chilenos, a cotação no Brasil não estava boa. Quando cheguei, ainda no aeroporto (câmbio 24 horas), troquei o suficiente para as primeiras despesas e deixei para trocar o restante no centro da cidade (Rua Augustina) pois lá a cotação é melhor. No aeroporto consegui o real por 205 Pesos chilenos, e no centro consegui por 222 (no último dia da viagem o real estava mais valorizado). Em San Pedro a cotação era pior e o Real estava valendo 190 Pesos.
Documentos?
Viajei com o passaporte, mas também é permitido ir ao Chile somente com a carteira de identidade em bom estado de conservação.
No avião foi entregue aos passageiros o formulário de imigração para ser preenchido e apresentado na imigração junto com o documento. Ele é carimbado é carimbado com a data de entrada, uma via é devolvida e deve ser entregue na saída do país. Já no aeroporto tive que preencher o formulário da aduana e entregar lá mesmo antes de sair para o saguão (este formulário também poderia ser entregue no avião para ganharmos tempo).
Seguro viagem?
Não é obrigatório, mas é recomendável ter um seguro. Eu viajei com o MONDIAL ASSISTENCE, que você pode adquirir aqui no blog. Não se exigem vacinas nem exames médicos para entrar no Chile.
LEIA MAIS SOBRE A MINHA VIAGEM:
San Pedro de Atacama – Roteiro
Atacama: Lagunas Lickan Antay
Atacama: Lagunas Altiplânicas com Piedras Rojas
Atacama: Valle de La Luna e Valle de La Muerte
Atacama: Salar de Tara
Atacama: Geyser del Tatio
Albergues em Santig do Chile
Albergue em San Pedro de Atacama
Visitando vinícola santa Rita no Chile
Casino Social J Cruz, origem da Chorrillana em Valparaiso
Impressões de Valparaíso
3 Comentários
O Chile realmente é um dos melhores destinos internacionais para brasileiros. A gente precisa descobrir melhor a América do Sul. O deserto do Atacama ainda está na minha lista e espero que comece os relatos por este destino... hehe
ResponderExcluirEspero que consiga ir logo ao deserto do Atacama. Vale muito a pena.
ExcluirUma abraço Danilo.
Muito legal seu post, parabéns.
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