A minha curiosidade era imensa por esse passeio. Diferente de tudo e um frio que eu não experimentei em nenhum outro. Não poderia ter erros, seria sacanagem se isso acontecesse.
Eu tive que acordar antas das 04 horas para sair às 04h30min (atualmente eu tenho ir dormir essa hora). Conclusão não dormi direito, preocupado em perder a hora, preocupado em acordar todo mundo no quarto do Hostal. Mas na hora marcada estava eu lá na recepção com toda roupa de frio que consegui usar e que pude comprar para fazer esse passeio. Uma meia grossa que ia até a canela, uma calça primeira pele (e com um calção embaixo, caso resolvesse entrar na água – não cometi essa loucura), uma blusa de manga cumprida primeira pele, a segunda pele, a terceira pele e a quarta pele (nossa! Quanta roupa comprada só para esse passeio).
Na hora marcada chegou o transporte. Eu, e o Anderson da Bahia que mora em São Paulo e que conheci no primeiro dia de passeio, éramos os únicos brasileiros no grupo. No caminho escuro com muitas curvas, cochilava quando dava. Depois de algum tempo cheguei ao local cujas fotos me provocaram, fazendo ir até ao Deserto de Atacama. Eu quis ver aquele lugar inusitado, diferente onde surgir um gás, vapor, fumaça sei lá do chão e que proporcionava fotos incríveis. Fiz tudo direitinho para não perder esse passeio. Encarei o mal de altitude (era uma grande preocupação minha), programei para ser no último dia, não bebi nada alcoólico durante cinco dias em San Pedro de Atacama (nem uma cerveja se quer), e evitei comida pesada para chegar até esse lugar. Valeu a pena tudo isso? Claro que valeu.
O espetáculo acontece no campo geotérmico na cordilheira dos Andes. A água subterrânea entra em contato com rochas quentes, evaporando e saindo com pressão por fendas no solo, formando colunas de fumaça. A temperatura alta da água com a temperatura baixa do ambiente faz com essas colunas sejam maiores, a medida que o sol vai esquentando elas diminuem (imagino que no inverso seja ainda mais interessante). Isso faz com o passeio inicie ainda de madrugada.
Após o café da manhã, somos liberados um banho em poços termais. Sei que seria uma experiência única, mas não encarei não.
Depois do banho, andamos ainda de van pela área e como o Geysers vão diminuindo e assim deixando de serem a principal atração, vamos observando melhor a paisagem ao redor.
Fomos descendo a cordilheira e na volta foi possível ver as paisagem da região que não foi possível na ida devido a escuridão. Para varia, a paisagem era fantástica e ficava me instigando como se estivesse me provocando e dizendo ‘se você for embora, vai perder. Tem muito mais pra ver’.
Na volta paramos ainda no Pueblo Machuca, um povoado onde moram somente cinco pessoas. E na volta do passeio todas agências param lá e promovem a economia do lugar, que vendem artesanato, empanadas e churrasquinho de lhama. Muito gostoso, eu comi três, mas porque eu segui o que alguém já disse “quem converte não se diverte” pois cada um custava $ 2.500 pesos. Depois seguimos para San Pedro de Atacama e o lugar volta ao normal.
Foi assim que eu me despedi do deserto de Atacama. Um lugar com Paisagens incríveis, com vulcões, pedras, lhamas, Flamingos, sal, lagunas e lagoas, e gente. Não sei se um dia voltarei, mas se voltar será um prazer!
Serviço do passeio:
Fiz o passeio com Kauller Turismo, uma indicação do Anderson, baiano que mora em São Paulo. Fiquei satisfeito. fui muito bem atendido na agência que fica na rua do Hostal Campo Base. Fiz o passeio em uma van (ou algo parecido) boa com um motoguia tranquilo, que passava informações e orientava bem a gente. Cumpriu a programação. Eu recomendo.
Saída: 04h30min
Chegada: 12h30min.
Café da manhã incluso.
Valor: $ 15.000 pesos (valor com desconto, no câmbio do dia ficou R$ 68,00)
Ingresso: $ 5.000 pesos.
Veja o roteiro da minha primeira viagem ao Chile AQUI
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