Parque Nacional Tierra Del Fuego em Ushuaia.

Parque Terra do Fogo


Programei 03 passeios ao ar livre para os 02 dias que fiquei em Ushuaia, mas no primeiro dia a neve não deu trégua e não foi possível fazer nenhum. Finalmente no segundo dia a neve colaborou e os passeios voltaram acontecer. Como eu só tinha aquele dia na cidade, tive que escolher e optei em conhecer o Parque Nacional Tierra Del Fuego (os outros dois passeios eram o Glaciar Martial e navegação no canal de Beagle). O parque (como a cidade) ainda estava tomado pela neve mas era possível caminhar, mesmo com um pouco de dificuldade. Mas mesmo assim aproveitei bastante e não me arrependi por ter escolhido o parque.

O parque, criado em 1960, tem uma área de 68 hectares abrigando floresta patagônica, lagos, cordilheiras, e faz ligação com o mar através do Canal de Beagle, ou seja, paisagem fantástica, além de fauna com várias espécies (escondidos devido à neve).

Parque Terra do Fogo


COMO CHEGAR

O parque fica distante 10 km do centro da cidade, portanto se você não estiver com transporte próprio é bom fazer uso dos serviços oferecidos. Você pode ir de taxi, de Remix, contratar o passeio de uma agência ou utilizar o serviço de transfer. Tudo isso é oferecido no próprio hotel.

O serviço de Taxi e Remix compensa se você estiver acompanhado. Mas se você estiver sozinho compensa fazer o passeio com uma agência ou contratar o transfer.

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AGÊNCIA OU TRANSFER

A agência busca você no hotel e faz um passeio de aproximadamente de 06 horas acompanhado por um guia e passando pelos principais pontos do parque sem você precisar caminhar muito e sem perder tempo. Se sair pela manhã retorna a tempo de fazer um outro passeio.  Em abril o valor era de $ 600,00 mais $ 100,00 do ingresso do parque que é pago logo na portaria em dinheiro (somente peso).

O transfer também busca você no hotel e te deixa dentro do parque, passando nos horários definos para retornar  a cidade. Em abril os horários de retorno foram 15 e 17 horas, mas no verão tem também às 19 horas. A opção do transfer é para quem quer ficar livre, não tem guia nem informações, você tem que se virar com o mapa do parque que é entregue na portaria (tive dificuldade com ele). Em abril o valor era de $ 300,00 mais $ 100,00 do ingresso.

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EU USEI O TRANSFER

Devido o clima, não estava certo se sairia algum passeio. Sendo assim não reservei o passeio no dia anterior com nenhuma agência para não ter que acordar cedo atoa novamente, e caso desse para fazer eu usaria o transfer pois sairia às 10 horas. E foi o que aconteceu, fui de transfer pagando a metade do preço e ficando livre para andar pelo parque. A van foi bem devagar, acredito que devido ao gelo, e demorou quase 01 hora até o Centro de Visitantes do parque.

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Antes da portaria do parque tem a a estação do trem do fim do mundo que era utilizado pelos presidiários enviados para Ushuaia, e hoje é utilizado para fazer um passeio e chegar ao parque. O valor do passeio não é barato mas é um atrativo no roteiro do parque. Mesmo quem não faz o passeio aproveita para conhecer a estação e tirar fotos, eu pensei que fosse fazer isso, mas o serviço de transfer não dá esta opção. Na estrada vi placas, mas a van passou direto e o motorista não fez nenhum comentário.

Parque Terra do Fogo

Depois, já dentro do parque, passamos por um lugar com muitas vans paradas. Nessa hora o motorista perguntou se alguém ia fazer a ‘costera’, mas não explicou nada, e o silêncio foi a resposta do grupo. Imagino que, assim como eu, os outros não sabiam do que se tratava. Até que alguém respondeu “não” e ele seguiu. Depois descobri que ‘costera’ é uma das trilhas do parque que tem início na Bahía Ensenada onde tem a agência do correio mais austral do mundo e que é possível enviar postais e colocar no passaporte o selo do fim do mundo.

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O  motorista nos deixou no Centro de Visitantes e sugeriu que fossemos para a esquerda andando pela estrada. Aceitei a sugestão, andei durante uma hora e pela paisagem andaria muito mais, passei por lugares incríveis como o mirante da lagoa negra. Mas como não fiz o dever de casa, e não estava entendendo o mapa, eu não sabia onde iria chegar, e como queria conhecer o outro lado do parque eu retornei. Só depois vi que se continuasse eu chegaria ao outro lado da Lagoa Lapataia, um dos cartões postais do parque onde termina a Rota nacional 03 que era a que eu estava andando. Da estrada tem trilhas que cortam caminho para a Lagoa Lapataia, mas com toda aquela neve não foi possível ver a sinalização.

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Ao voltar, aproveitei para comer no restaurante do Centro de Visitante. Os valores são os de Ushuaia, ou seja, altos (leve seu lanche). No Centro de Visitantes tem também um espaço com fotos e informações sobre o parque. Depois de comer continuei o passeio indo para a direita e cheguei ao Lago Acigami (também chamado de Roca) passando por uma paisagem de floresta coberta de neve. No lago não havia ninguém, era só meu e fiquei ali por um tempo.

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No Lago Acigami tem início a uma trilha (demorei em achar devido a sinalização ruim). Para quem não vai fazer a trilha, volta dali. Eu até iniciei a trilha, mas na esperança de chegar a tempo de fazer o passeio de navegação no canal de Beagle, desisti e voltei para pegar a van das 15 horas.

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ENTÃO

Ir de transfer ao parque limita muito a visita pois não vai a muitos lugares. Não vai a estação do trem do fim do mundo, a Bahia Ensenada nem a Lagoa Lapataia. Como não sabia disso, fiquei limitado ao que era possível fazer a partir do centro de visitantes, e as idas e vindas fazem perder tempo.

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Assim, apesar de ter achado fantástico tudo que vi, hoje eu teria feito diferente, começando pelo horário de retorno que mudaria para as 17 horas para ter mais tempo. Desceria no caminho para conhecer a Bahía Ensenada e como o tansfer não espera, faria a trilha Costera até o Centro de Visitantes. Ou ainda seguiria na van até o Centro de Visitantes, lá teria tempo de ir caminhando até a Lagoa Lapataia e voltar caminhando. Nos dois casos seria possível ainda conhecer o Lago Acigani, mas de qualquer forma ficaria algum lugar de fora (teria que ter mais um dia). Ou faria o passeio com uma agência e ainda chegaria a tempo para outro passeio na cidade.

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Fui no outono mas já peguei o inverno pesado. Nessa situação a visita, seja lá como for, fica mais limitada ainda pois o dia é mais curto, escureçe logo e a neve atrapalha a andar e cobre sinalização e trilhas não sendo possível fazer algumas delas. E ainda tem o fato de saber só no dia se vai ter condições de visitar o parque.

Mas se o seu interesse não é fazer trilhas, e sim conhecer um lugar bonito então pode ir no inverno. Gostei muito de ter ido nessa época, a paisagem compensa. As cores branca e cinza predominam mas em raros momentos foi possível ver tons vermelho e amarelo nas arvores e fiquei imaginando como também deve ser lindo o parque com as cores do outono.

Adquira aqui no blog um SEGURO VIAGEM e viaje tranquilo.

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2 Comentários

  1. Excelente descrição de sua viagem. Hoje com a possibilidade de ler os foruns de varios viajantes ANTES da viagem podemos nos programar e fazer um roteiro excelente,evitando algumas roubadas e escolhendo os filet mignon !! valeu!

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