Quem vai a Ushuaia, vai atraído pelos atrativos naturais e pelos passeios ao ar livre, foi assim comigo. Mas pelo menos um atrativo histórico entra no roteiro de quem visita a cidade, é o antigo presídio que foi transformado em museu e isso atrai a curiosidade dos visitantes. Se no verão o museu é um coadjuvante diante de tantos atrativos naturais, no inverno com os passeios prejudicados ele ganha uma atenção especial por ser coberto e aquecido.
Visão do prédio no verão, com a parte externa totalmente diferente do que encontrei em abril devido a neve. A entrada é onde está a seta vermelha. Foto compartilhada publicamente.
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No meu segundo dia na cidade os passeios externos foram cancelados, aproveitei para ir logo conhecer o museu. Fui caminhando pois ele está localizado no final (ou será o início) da Avenida San Martim, a principal do centro da cidade. Havia muita neve e quando consegui entrar foi um alívio poder tirar me livrar de algumas peças de roupa e ficar num lugar aquecido. O prédio foi construído no início do século XX pelos próprios presos para ser o Presídio Nacional. Com o passar do tempo foi recebendo criminosos perigosos, condenados a prisão perpétua e prisioneiros políticos. Ainda na primeira metade do século XX o presídio foi fechado e transferido para a Marinha, funcionando hoje como Base Naval. O prédio abandonado onde funcionou a prisão foi recuperado para abrigar o Museu Marítimo e mais tarde também o Museu do Presídio. Foi declarado como Patrimônio Histórico Nacional e hoje é Museu Marítimo e do Presídio de Ushuaia onde funciona também o Museu Antártico e o Museu de Arte Marino.
Pavilhão restaurado do antigo presídio.
São cinco pavilhões com um acervo que conta a história da navegação na Terra do Fogo, história do próprio presídio e de Ushuaia, já que os presidiários trabalhavam e ajudaram construir a cidade. A visita começa no pavilhão 04 onde fica a recepção. Daí em diante o primeiro espaço é ocupado por fotos, objetos e maquetes do Museu Marítimo, não é grande e não chamou tanto a minha atenção. Uma porta o separa do Museu do Presídio e a partir daí ficou mais interessante. O espaço foi restaurado e o ambiente da prisão foi recriado com móveis e bonecos de policiais e dos criminosos mais famosos. No segundo piso o Museu do Presídio divide espaço com o Museu Marítimo.
O ambiente nas celas foi recriado com bonecos dos criminosos mais famosos.
Na saída do pavilhão 04 tem um pátio com banheiros e lanchonetes, e dá acesso aos outros pavilhões. O seguinte é de número 02 onde o térreo é uma galeria de arte e no segundo piso tem mais do Museu Marítimo e o espaço Ushuaia Antes. Na ordem vem o número 01 que é o pavilhão histórico, pra mim o melhor de todos. Ele não foi restaurando e mantém o ambiente original da prisão comum ambiente incômodo. O último pavilhão aberto a visitação é o 03 sendo o térreo local de exposições temporárias e no segundo piso o Museu de Arte Marino.
O pavilhão hsitórico sem restauração. O que eu achei mais interessante.
Mesmo que não goste de museu vale a pena a visita por ser dentro de um antigo presídio e para conhecer melhor a Patagônia Argentina. A visita pode ser feita livremente e é tranquila pois tem muitas informações, mas se preferir tem visita guiada em horários definidos. Fiz uma visita relativamente rápida valorizando mais a parte do presídio e demorei aproximadamente 50 minutos.
Há também atrativos fora do prédio, mas devido o tempo só pude vê-los pelas janelas. Um deles é a réplica do trem do fim do mundo que era usado pelos presidiários no transporte de madeira e pedra. Hoje o trem é um atrativo turístico que faz um passeio em um pequeno trecho da antiga estrada de ferro.
HORÁRIOS:
O museu abre todos os dias da semana. A entrada é permitida até as 19h e 30 min.
Abril a novembro das 10 às 20 horas. Visitas guiadas: 11:30 hs e 18:30 hs.
Dezembro a março das 09 às 20 horas. Visitas guiadas: 11:30 hs, 16:30 hs e 18:30 hs
O ingresso vale para todos museus por dois dias. Brasileiros pagam $ 150,00 (pesos).
Mais informações no site do museu.
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