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Cheguei bem cedo a Arequipa vindo de Huacachina e já no dia seguinte sai para o Valle del Coca (veja aqui o meu roteiro). Portanto não fiquei muito tempo na cidade, mas o suficiente para um Tour pelo Centro Histórico da cidade. Era um domingo e da rodoviária até o hostel a cidade estava quieta, mas foi só chegar à Plaza de Armas para ver uma cidade movimentada e com música, acontecia uma comemoração. Aliás as praças que conheci no Peru sempre estavam frequentadas e com alguma manifestação festiva.
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Comemoração na Plaza de Armas
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A movimentação na rua, o dia ensolarado, construções bonitas, uma cidade clara, tudo contribuiu para eu gostar logo de Arequipa. A cidade tem a segunda maior população do país, mas é charmosa e é conhecida como a ‘Cidade Branca” por ter edificações construídas com pedras brancas dos vulcões que estão ao seu redor como o Misti, um símbolo da cidade. Essas construções estão no centro histórico e deram a Arequipa o título de Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
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Catedral
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A cidade convida a andar por suas ruas e eu que adoro bater perna fiz o meu tour a pé iniciando pela Plaza de Armas. Ela merece respeito, não é uma pracinha qualquer, ela é grande, bonita e cercada por belas construções, como deve ser uma Plaza de Armas no Peru. Fique um tempo ali e observe as pessoas, observe as construções. Ali está a Basílica Catedral ocupando todo um lado da praça, impossível não perceber devido a sua fachada grandiosidade. Desde o século XVII vem resistindo a incêndio e terremotos, o último foi em 2011. Dentro da catedral tem um Museu. A visita à catedral acontece todos os dias até às 19 hs, porém fecha no meio do dia. O Museu fecha no domingo e tem um custo de 10 soles. Do outro lado da praça, numa esquina, esta a Igreja e Claustros da Companhia de Jesus com uma fachada rica em detalhes, mas não consegui visitar.
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Fachada da Igreja da Companhia de Jesus
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De forma aleatória segui andando pela Calle Peatonal Mercaderes, um calçadão comercial, que mesmo sendo domingo estava com o comércio aberto. A fachada de uma edificação chamou a minha atenção, era o Teatro Municipal, mas não foi possível conhecer internamente.
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Vi no mapa que a algumas quadras dali estava um mercado e como gosto demais de mercado parti pra lá. Uma quadra antes passei pela Igreja e Convento São Domingos. O mercado é o San Camilo, popular, movimentado e diversificado como deve ser um mercado. No setor de frutas é preparado o suco na hora, aproveitei para tomar o meu e mais adiante comprei balas e folhas de coca para aguentar a altitude. 3 soles de folha de coca foi suficiente para toda a minha viagem.
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Continuei por uma rua transversal e cheguei a Rua La Merced onde está a Casa da Cultural da Universidade Católica que abriga o Museu Santuarios Andinos. O museu expõe artefatos e objetos da cultura Inca, mas a atração principal é a “Juanita”, múmia de uma menina que foi sacrificada aos deuses no final do século XV. Foi encontrada no século passado nas montanhas geladas do Peru e por isso a sala onde ela fica exposta é super gelada, até pra mim que gosto de frio. Era o que eu mais queria conhecer em Arequipa, porém a sala é com pouca luz e a visão não é muito boa. Se você pretende conhecer a Juanita fique atento pois ela só fica exposta de maio a dezembro, nos outros meses ela dá lugar a outra múmia. O museu abre de segunda a sábado até às 19 hs e no domingo até às 15 horas. O valor do ingresso é de 20 soles.
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Casa da Cultura que abriga o Museu Santuarios Andinos
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Seguindo pela Rua La Merced retornei a Plaza de Armas. Mas antes parei na entrada de um sobrado ao lado do museu onde havia um grupo de moradores e umas senhoras vendendo comida, pelo que entendi era um almoço beneficente, ali mesmo fiquei e almocei. Já na praça aproveitei para conhecer a Catedral da cidade. Ela é lindíssima e atrás dela tem uma passagem com cafés e lojinhas.
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Da Catedral continuei pela Rua Santa Catalina com construções brancas em pedras vulcânicas, uma rua bonita. Três quadras depois cheguei ao Monasterio de Santa Catalina, lugar onde viveram freiras enclausuradas e só em 1970 foi aberto para visitação. Se tiver com pressa não entre, o lugar é imenso com vários ambientes, becos e pátios, um labirinto. Há também uma cafeteria, lojinha e terraços onde é possível ver o vulcão Miste. Apesar de localizado bem no centro de Arequipa, ao entrar parece que mudou de cidade. Pode ser visitado de segunda a domingo até às 17 hs, sendo que na terça e quarta é até às 20 horas. O ingresso não é barato (40 soles), mas vale a pena. Se preferir tem o serviço de guiamento dentro do monastério, mas é cobrado separado.
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À noite voltei a Plaza de Armas para jantar e no dia seguinte saí cedo para o Valle del Coca (próximo post).
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Um dos vários ambientes do Monastério de Santa Catalina
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Bom, este foi o meu tour em Arequipa, mas se você for mais objetivo poderá visitar e conhecer outros atrativos no centro histórico e até mesmo nos arredores da cidade. Se preferir, tem a opção de fazer o Tour com alguma agência de receptivo (têm várias), tem a opção do Bustour, aqueles ônibus turísticos grandes que com valor único percorrem alguns atrativos, e tem também a opção do Free Walking Tour, onde você faz o passeio com um guia e ao final colabora com um valor que acha que valeu ou quanto pode.
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A partir de Arequipa observei o uso do chapéu pelas pessoas. Vi inclusive mulheres jovens, urbanas, bem vestidas e usando chapéu. Acredito que o uso é por estarem mais próximos do sol já que a cidade passa de 2300 metros de altitude e até Cusco só ficaria mais alto, portanto ali começava a minha adaptação.
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COMO CHEGAR
Arequipa possui aeroporto, mas ainda não tem voo direto do Brasil. É preciso conexão em Lima.
A cidade é bem servida de ônibus e possui rodoviária. Parece óbvio, mas no Peru isto não é comum. Na maioria das cidades cada empresa tem o seu terminal.
Eu cheguei a Arequipa vindo de Ica viajando de ônibus pela empresa Cruz del Sur. Hesitei em fazer esta viagem pois era noturna, longa (12 horas) e não costumo dormir e assim não chegaria descansado e não aproveitaria o meu dia na cidade, mas foi totalmente diferente. A vigem foi tranquila, dormi bem e cheguei inteiro. Comprei a minha passagem ainda no Brasil pelo site da empresa. O ônibus é confortável com serviço de bordo.
HOSPEDAGEM
Fiquei hospedado no El Caminante Class. Um Hostel simples com uma escada para chegar a recepção, mas é limpo, com bom atendimento e quartos privativos. O café da manhã básico está incluso na diária e oferece os passeios da região (fechei o Valle del Coca com eles). O melhor dele pra mim é a localização, fica a uma quadra da Plaza de Armas e poucos passos do Monastério de Santa Catalina.
ONDE COMER
Várias opções de restaurantes para todos orçamentos de viagem. Muitos deles na Plaza de Armas.
SEGURO VIAGEM
Não é obrigatório, mas é recomendável ter um seguro. Eu viajei com o MONDIAL ASSISTENCE, que você pode adquirir aqui no blog.
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