Acordei cedo no meu segundo dia em Madrid (veja aqui o primeiro dia), e meus companheiros de quarto ainda dormiam. A gripe continuava mas a garganta estava melhor. Tomei o meu banho e fui pra cozinha, o albergue servia café.
A cozinha não cabia 4 pessoas mas o café era bom. Aliás o albergue era bom, os quartos eram amplos, claros e limpos. Tinha um computador com internet grátis e a recepção era 24 horas, de manhã ficava uma senhora, a tarde um rapaz e a noite um senhor, todos atenciosos e prestativos. O albergue só não oferecia área comum para entrosamento. Eu ficaria nele novamente.
Antes de sair perguntei na recepção se havia quartos individuais, e por sorte um seria desocupado naquele dia, pedi para guardar pra mim. Sai, e naquela manhã a minha programação principal era visitar o Museu do Prado. No caminho fui observando melhor a cidade de Madrid, ela é monumental, as construções chamam atenção e sempre tem um detalhe, uma obra de arte nas fachadas.
Palácio del Congreso de los Diputados Carrera de San Jerónimo, no centro de Madrid.
Plaza de las Cortes em frente ao Congresso dos deputados, com um monumento em homenagem a Cervantes. Escritor Espanhol.
Cheguei ao Museu do Prado, o mais importante museu da Espanha e um dos mais importantes do Mundo. Foi mandado construir pelo Rei Carlos III. As obras de construção prolongaram-se por muitos anos, tendo sido inaugurado somente no reinado de Fernando VII. O museu possui importantes coleções de escultura e pintura, entre elas se destaca a coleção de pintura espanhola. Vá com tempo, o museu tem um acervo grande e é uma pena visitá-lo com pressa.
Tive o meu acesso liberado por ser guia de turismo (a minha credencial de guia de turismo abriu as portas de alguns atrativos turísticos na Europa), mas para quem não é guia e quer economizar os 8 € do ingresso para ver a coleção permanente é só ir de 18 às 20 horas de terça a domingo, nesse horário a entrada é liberada.
Fiquei horas ali apreciando obras que até então só havia visto em livros e na internet. Quando é que eu no interior de Espírito Santo iria imaginar que um dia estaria diante de quadros originais de artistas famosos como Goya, El Greco e Raphael?! Esses caras eram geniais.
Igreja dos Jerônimos, ao lado do Museu do Prado.
Museu do Prado, o mais importante da Espanha.
Casarão do Bom Retiro. Um dos prédios que formam o Museu do Prado.
Sai do museu para o albergue para mudar de quarto, no caminho estava um Museo del Jamon então entrei para almoçar. É isso mesmo, fui almoçar no museu mais saboroso da Espanha. Se o Museu do Prado tem as obras mais bonitas, o Museo del Jamon tem as mais gostosas.
Ele é uma casa tradicional em Madrid especializada em presunto (jamon em espanhol) e embutidos, com restaurante, bar com deliciosos sanduíches e venda de variados tipos de embutidos. O Museo do Jamon é uma boa opção para qualquer hora do dia e da noite. Para refeições ele tem o menu econômico com primeiro e segundo prato, pão, uma bebida e sobremesa.
Interior do Museu mais gostoso da Espanha, o Museo del Jamón.
Sanduiches de jamón, apenas 1 €.
Depois do almoço segui para o albergue e fiz a minha mudança para o quarto individual. Que maravilha um quarto só pra mim, pagando apenas 2 € a mais por dia. Aproveitei e fiquei ali deitado por algum tempo descansando as pernas que pediam socorro.
Mas eu não podia ficar deitado a tarde toda. Fui conhecer a Plaza Mayor que fica bem perto do albergue, ela é cercada por edifícios comerciais e para chegar nela precisa passar por uns vãos que servem de porta, no centro tem uma estátua equestre de Filipe III. Não sei se é a maior praça da cidade, mas realmente é grande. Um lugar com bares e restaurantes movimentados por turistas, um lugar perfeito para os artistas de rua se apresentarem.
No centro da praça está a estátua equestre de Filipe III. O rei que concluiu as obras da praça em 1919.
Continuei o meu tour e voltei à Catedral de Almudena. Desta vez ela estava aberta e pude entrar. Acho que as igrejas na Europa foram construídas imensas de propósito, para sentirmos pequenos e humilhados diante da Igreja e de Deus, só pode! Não entrei até agora em nenhuma igreja pequena, mas todas que entrei são lindíssimas.
A cúpula da Catedral.
Fachada principal do Palácio Real.
Continuei pela Praça do Oriente e segui para a Plaza de España. Ali começa Gran Via, uma importante avenida comercial e cultural de Madrid com um grande número de cinemas, hotéis e lojas luxuosas, funcionando em edifícios que chamam atenção pelo estilo e arquitetura. Vendo os teatros e os espetáculos que estavam em cartaz, logo entendi porque a avenida é considerada a Broadway de Madrid.
Praça de Espanha. Contém um conjunto de esculturas que homenageia o escritor Miguel de Cervantes, escritor espanhol autor do romance Don Quixote.
Deu fome e logo lembrei de uns sanduíches de presunto que vi no Museo del Jamón, e pensei que podia ter um Museo ali na Gran Via, e quando olhei para o outro lado da avenida ele estava lá. Em qualquer lugar de Madrid, você pensa no Museo do Jamón e ele aparece. É incrível! ele está em todos os lugares.
Cheguei à outra ponta da Gran Via, a Calle Del Alcalá. Outra importante avenida da cidade com edifícios importantes como a prefeitura de Madrid, e monumentos históricos como a Porta de Alcalá. Dalí segui pelo Paseo del Prado e retornei a Praça do Sol.
Palácio das Comunicações, construído em 1904 para ser a sede dos correios e telégrafos da Espanha. Hoje funciona o que Câmara do conselho de Madrid (Prefeitura).
Porta de Alcala. Trata-se de uma monumental porta, por onde passavam os visitantes que chegavam a Madrid, oriundos da Europa. Construída em 1778.
Monumento em homenagem aos que deram a vida pela Espanha na Revolta Espanhola contra tropas estrangeiras no dia 02 de maio de 1808. Está na praça da Lealdade.
0 Comentários