O Valle de La Luna e o Valle de La Muerte é um passeio oferecido praticamente por todas as agências, e que o visitante normalmente faz no primeiro dia para ambientação com o deserto. Como no primeiro dia fiz Lagunas Lickan Antay, programei o passeio para o segundo dia à tarde, depois de Lagunas Altiplânicas com Piedras Rojas, mas não reservei em nenhuma agência. Cheguei tarde e por pouco não fiquei sem ir. só fui porque consegui na última hora o último lugar em uma van que já estava saindo. Não sabia nada sobre a agência mas não tive tempo de pensar, ou ia ou ficaria sem fazer o passeio, já que eu não tinha outro dia disponível.
Li relatos de gente que não gostou do passeio, por ele ser mais básico e com paisagens tradicionais de um deserto. Então mesmo sendo um passeio obrigatório pra mim, não criei muitas expectativas. E talvez por isso eu tenha gostado tanto. Gostei porque é próximo de San Pedro de Atacama, e não precisei ficar muito tempo dentro de uma van, e no local pude caminhar. Não fiquei grilado com o mal de altitude já que é praticamente a mesma de San Pedro. E gostei da paisagem com sua imensidão e formas esculpidas pela erosão durante anos, criando assim uma paisagem de um outro planeta, dizem.
Pelo que pude perceber, as agencias não fazem o mesmo percurso. A nossa primeira parada aconteceu no Mirante de Kari com vista para o Valle de La Muerte. La ficamos pouco tempo, mas o suficiente para algumas fotos. O motorista que também era o guia (motoguia), explicou as versões do nome do lugar. Uma delas é que foi chamado, devido o aspecto da paisagem, por quem descobriu o lugar, de Vale de Marte. Mas devido o sotaque e a pronuncia, entendia Muerte. Outra versão é que o lugar é sem vida. Não conheço Marte, mas escolho a primeira.
Valle de La Muerte com o vulcão Licancabur ao fundo.
Depois seguimos ao Valle de La Luna, que fica dentro da Reserva Nacional Los Framencos. O nome do vale está relacionado ao aspecto do solo lembrando a lua, ele é gandioso. Li relatos de passeios em cânions e cavernas, mas nós não tivemos isso. Passamos por um local com vários grupos, e fomos direto a um lugar vazio do Vale. De lá voltamos fazendo o passeio, ora de van ora caminhando. Parando em alguns atrativos.
Caminhamos entre paredões onde a parte branca é sal. É incrível a quantidade de sal na região.
Cristais de sal em toda a região.
A parte branca é sal.
Passamos por esculturas de pedra, argila e sal formadas pela erosão, como essas da foto seguinte. A pedra à esquerda com um corte, alguém identificou como a boca de um dinossauro, a escultura mais ao centro, são as três Marias. Eu não identifiquei nada disso.
As esculturas de sal.
Seguindo tem o grande anfiteatro. Ele é imenso, imponente.
Depois do anfiteatro tem esse grande vale. Aqui é a hora de uma caminhada até a duna maior do Valle de La Luna, onde os visitantes disputam lugar para ver o pôr do sol. Foi a hora que mais exigiu de mim, enquanto caminhava no plano estava tudo bem, mas caminhar na areia e ainda subindo, não foi legal. Pensei em não ir e esperar o grupo ali na van, mas para não me arrepender depois, fui. Aliás, o passeio é bem tranquilo mas foi o que eu mais andei.
Hora de caminhar.
Ufa! consegui finalmente. Deixa eu descansar, depois eu vejo o sol.
Ainda bem que subi, pois lá do alto tem uma bela visão da paisagem do vale.
Valeu a pena.
Serviço do passeio:
Infelizmente não anotei o nome da agência e acabei esquecendo. Não era dali do centro, ficava mais afastada. Fui na última hora em uma van que encontrei na rua e parei para perguntar se havia vaga, pois não fiz reserva (quase fiquei sem fazer o passeio). Tinha tudo para dar errado, mas deu certo. A van não era das melhores, o ar não funcionava bem. O guia era o próprio motorista. Bom com informações, atencioso e ajudava nas fotos, mas achei um pouco apressado nos lugares.
A maioria das agências locais cobram $ 10.000 pesos, mas na hora fecham a $ 8.000 pesos. Por ser na última hora, pensei que fosse pagar mais pelo passeio. Já estava esperando por isso. Quando perguntei, veio a surpresa, $ 6.000 pesos.
Chegada: por volta das 21 horas.
Valor: $ 6.000 pesos (valor com desconto, no câmbio do dia ficou R$ 27,00)
Ingresso: ingressos $ 2.000 pesos ( no câmbio do dia R$ 9,00)
Veja o roteiro da minha primeira viagem ao Chile AQUI
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